Quantas vezes você se olhou no espelho e não ficou satisfeito consigo mesmo? Porque queremos sempre aquilo que não temos? Quantas vezes você não observou pessoas passando na rua e apontou seus defeitos? Não nos importa morrer, mas incomoda o vexame. Isso está certo?
As mulheres conquistaram espaço, começaram a brilhar no mundo académico, se destacando nas mais diversas ocupações. Introduziram na sociedade solidariedade, tolerância, romantismo, companheirismo. Mas o sistema não as perdoou pela audácia.
Tornaram-nas escravas de padrões doentios de beleza. O mundo fashion usa corpo de jovens completamente fora dos padrões comuns, a exceção virou regra. As mulheres continuam na busca compulsiva por esse estereótipo, se tornaram sem perceber, carrascas de si mesmas. Esse modelo abala a autoestima, excluindo e discriminando quem está fora dele, supervalirizando determinado tipo de olhos, busto, quadril, barriga, pescoço. Onde estão as gordinhas nos desfiles? Porque escondem-se as jovens com celulite ou estrias? Não são elas seres humanos? Não são elas belas?
Crianças com suas bonecas Barbie de corpo impecavél, e as adolescentes a procura do padrão inalcançavel das modelos. Há 50 milhões de pessoas com anorexia nervosa no mundo. Jovens tímidas, extrovertidas, carismáticas, criativas, excelentes, sorridentes, encantadoras se recusam a se alimentar com medo de engordar, seus ossos saltam sob a pele. Quando são indagadas do porque não comem falam que estão obesas.
Não tenho nada contra as modelos e nem contra os criativos estilistas, mas o sistema esqueceu que a beleza não pode ser padronizada. Peço aos estilistas que amem as mulheres, todas elas, que invistam na saúde delas, não utilizando a exeção genética. Poderão perder dinheiro, mas terão ganhos inimagináveis. Toda mulher tem uma beleza única.